O nascimento da produção dos Tapetes de Arraiolos não tem uma data precisa, contudo, os historiadores acreditam que surgiram no séc. XVI pela mão do povo muçulmano, que se tera instalado em Arraiolos, nessa época.
Os Tapetes de Arraiolos são produzidos manualmente por artesãs e artesãos que utilizam materiais simples: estopa e lã de ovelha pura, que são tingidas para dar cor aos motivos. Caracterizam-se por terem um ponto de costura próprio, o ponto de Arraiolos, cuja arte tem sido transmitida ao longo de gerações.
No séc. XVIII, eram habitualmente utilizados na decoração das habitações. Os motivos dos tapetes tinham uma influência persa na simbologia e na cor, que acaba por se desvanecer no início do séc. XIX. Os padrões dos tapetes foram-alterando a sua inspiração ao longo do tempo. A primeira época foi inspirada nos tapetes persas, onde são visíveis os pés-de-flor. A segunda época começa a retratar nos tapetes elementos locais: começam a ser bordados pássaros, pequenos animais e motivos campestres. A terceira fase, que corresponde aos finais do séc. XVIII, imprime mais motivos florais.
Atualmente, a produção é quase exclusivamente executada por mulheres, que trabalham com mestria e muita arte. Cada metro quadrado de tapete pode levar cerca de 12 a 18 dias para ser concebido.
A passagem dos Tapetes de Arraiolos a património da humanidade é um desejo da comunidade e dos órgãos executivos regionais, cujos procedimentos para a candidatura estão a ser devidamente efetuados.